Evolução diagnóstica e complexidades terapêuticas da sífilis: perspectivas recentes

Resumo

A sífilis é uma IST, doença infecciosa crônica causada pela bactéria Treponema pallidum. Esta enfermidade, demonstra uma incidência significativa e crescente em populações vulneráveis, como trabalhadores do sexo e indivíduos privados de liberdade, com variações observadas entre distintas regiões geográficas e é uma doença que tem grande prevalência entre jovens e possui associação a casos de infecções com o HIV. A manifestação no organismo pode apresentar várias sintomatologias clínicas em diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Embora seja uma doença relativamente antiga, com seus primeiros casos sendo relatados em meados do século XV, ainda hoje existe um grande número de infecções em diversos grupos de pessoas. A Doença pode ser transmitida via transplacentária, ou seja, de mãe para o feto, gerando uma série de sequelas de níveis variados. Assim, os casos de sífilis têm se mantido preocupantes no Brasil há anos. Tendo esta problemática em vista, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o panorama epidemiológico atual da Sífilis a partir da pesquisa em bases de dados como o Google Acadêmico, Scielo e PubMed, no período 08 de abril de 2024 a 4 de junho de 2025, utilizando as seguintes palavras-chave: Sífilis, diagnóstico, Treponema pallidum, Tratamento e Sífilis congênita. Observou-se que existem diversos métodos estabelecidos para o diagnóstico da doença, dentre estes: testes não treponêmicos, como o VDRL, testes treponêmicos como o FTA-ABS, testes rápidos/imunocromatográficos, e testes mais sensíveis como ELISA e PCR. Apesar de já existir um protocolo de tratamento amplamente difundido e estabelecido, utilizando Penicilina benzatina (benzetacil), anualmente muitos casos são notificados, infecção e reinfecção, principalmente pela não adesão correta ao tratamento de mães, dos seus parceiros e de pessoas infectadas pela doença.